apítulo Um – Era uma vez:

                Era uma vez? Para mim isto não parece ser um conto de fadas! Há algum tempo atrás? Bem talvez, perdi-me no tempo juntamente a este sofrimento.

                Eu sou a Diana e o “Era uma vez” na minha vida existia, mas agora não passa de uma ilusão. Os meus pais escolheram esse nome porque Diana era a Deusa Romana da caça e estava muitas vezes relacionada com os ciclos da Lua. Tenho uma irmã gémea chamada Vénus que era a Deusa da beleza e do amor para os Romanos, se bem que esse nome não parece adequado a ela. Talvez Perséfone fosse o nome adequado à víbora que destruiu a minha vida!

                Como era a minha vida? Bem… Pode se dizer que tinha gente com muita inveja de mim, era a menina da mamã e do papá, era a popular da escola. Se alguma vez rebaixei alguém? Nunca! Se alguém rebaixasse quem quer que fosse à minha frente tinha a vida lixada! Pois não, eu não sou aquela típica popular cheia de mania, as minhas amigas tinham a mania, mas o que se havia de fazer? Eu gostava delas e elas apoiavam-me sempre! Elas não rebaixavam ninguém à minha frente, mas sei bem que não se chegavam perto de algumas pessoas por nojo e descriminação.

                A minha irmã? Bem essa era a típica nerd da escola! Marrava sempre para os testes e tinha notas elevadíssimas! Os meus pais orgulhavam-se bastante dela, mas sempre me preferiram a mim por ter mais maturidade e deixar que a minha irmã tivesse tudo mesmo que eu não tivesse nada.

                Na escola defendia-a de tudo e ai de quem a tratasse mal! Era o Carmo e a Trindade! Eu tinha um lado rebelde, mas a minha média era de dezanove enquanto a da minha irmã era de dezoito e meio. Pois não era nerd, nem marrona, mas tirava boas notas e nem estudava quase nada. Atenção nas aulas? Nem existia! Era sempre papéis para uns e papéis para outros.

                A minha irmã durante as aulas? Bem ela sempre tirava apontamentos que depois utilizava para estudar. Olhava sempre com aquele olhar de repreensão quando fazia alguma coisa que não devia, mas eu simplesmente sorria-lhe e ela sorria de volta com aquele sorriso branco estampado na sua cara branca.

                 Como eu sou? Bem as minhas bochechas são rosadinhas, sou loira de olhos castanhos, tinha as feições faciais meias redondinhas, o meu cabelo mete inveja a qualquer miúda, pois tem um brilho lindo e caracóis perfeitos, desenhados ao pormenor. Meço um metro e sessenta e sete, tenho as pernas torneadas, um peito bem desenhado, enfim… Meto inveja.

                A minha irmã? Bem somos a cópia uma da outra em termos de feições, mas os cabelos dela são lisos e são castanhos-claros, quase loiros também, tem olhos castanhos como os meus, mede um metro e sessenta e cinco, é magrinha e não tem muito peito, usa lentes de contacto devido a estar sempre a estudar cansou a vista.

                Se ela metia inveja? Ela era linda! Só que cada vez que olhava para o espelho achava-se horrível e rebaixava-se. Ela sempre dizia que eu era melhor que ela e mais bonita que ela, mas eu não achava. Ela tinha aquela delicadeza de flore que eu não conseguia ter devido à maturidade que tinha.

                Eu era mais rija, mais dura e enfrentava os problemas sempre de cabeça erguida. Não desistia de nada! Sempre que queria uma coisa tinha-a, mas tinha sempre total cuidado para não pisar ninguém.

                Se praticava desporto? Bem eu sou uma nadadora nata! Ando na alta competição e tenho uma sala só com prémios da natação. Ando no voleibol, mas não gosto das competições, por isso ando lá apenas para diversão.

                Se a minha irmã pratica desporto? Bem se considerares quarto, livros e marrar um desporto eu também o posso considerar. Ela não gosta nada de desportos! O único que ela ainda nem se importa de jogar é o voleibol.

                As coisas mais importantes na minha vida? A minha irmã, o meu namorado e os meus pais.

                As da minha irmã? A vingança que não existia.

                Como se chamava o meu namorado? Erik! Era loiro de olhos verdes e tinha um corpo pela qual todas as miúdas se babavam e me olhavam com um ar de morte quando nos beijávamos.

                Se eu tinha tudo isto o porquê de odiar assim tanto a minha vida agora? O porquê de odiar tanto a pessoa que tanto amava e defendia?

                Bem… Há uns tempos atrás a minha vida era assim…